A procura é grande, mas o número de vagas de trabalho é cada vez menor no país. É o que revelam os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domícilio Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A busca por emprego tem aumentado consideravelmente ao passo que vagas de trabalho têm diminuído.  A taxa de desocupação do primeiro trimestre deste ano ficou em 7,9%, a maior taxa verificada desde o primeiro trimestre de 2013 quando atingiu 8%.

Enquanto a região Nordeste teve a maior taxa desocupação do país, 9,6%, a Sul registrou a menor, de 5,1% no período, abaixo da média nacional. Na análise por estados, os dois extremos ficaram com o Rio Grande do Norte, onde o desemprego atingiu 11,5%, e com Santa Catarina, onde a taxa chegou a 3,9%. Pela primeira vez, a PNAD Contínua traz as informações completas sobre o mercado de trabalho para Brasil, grandes regiões e unidades da federação.

A população desocupada de 7,934 milhões de pessoas, variou 23% frente ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2014, o quadro foi de 12,6%.

No quarto trimestre de 2014, a desocupação ficou em 6,5% e nos três primeiros meses do ano passado, em 7,2%.

 

Rendimento se mantém

No primeiro trimestre, o rendimento médio real dos trabalhadores - descontada a inflação - foi estimado em R$ 1.840. Este resultado foi 0,8% maior que o registrado no trimestre anterior que foi de R$ 1.825. 

De acordo com a Pnad, ficaram acima da média nacional os rendimentos dos trabalhadores do Sudeste (R$ 2.116), Sul (R$ 2.007) e Centro-Oeste (R$ 2.090). Os menores rendimentos foram vistos no Maranhão (R$ 946), Piauí (R$ 1.122) e Ceará (R$ 1.137), e os maiores no Distrito Federal (R$ 3.046), em São Paulo (R$ 2.401) e em Roraima (R$ 2.146).

No primeiro trimestre de 2015, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 163,8 bilhões, registrando ligeira queda em relação ao quarto trimestre de 2014  com R$ 164,2 bilhões. Na comparação com o mesmo trimestre de 2014 com R$ 162,3 bilhões, houve ligeira alta.

"Para o Brasil, a conta final do rendimento do trabalho ficou estável. Como a gente tem diferenças regionais fortes, os movimentos tendem a ser diferentes, mas, na média final, o rendimento está estável. Mas você vai ver em algumas regiões, você tem diferença em termos de patamar de rendimento com diferenças grandes”, disse o coordenador de rendimento e trabalho do IBGE, Cimar Azeredo.

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