É simplesmente uma corrida contra o tempo. Nos próximos anos o Brasil vai precisar qualificar 13 milhões de trabalhadores para ocupações industriais de nível superior, técnico e de qualificação, diz estudo feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Considerando que a economia brasileira voltará a crescer a partir de 2017, a CNI prevê uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% em 2017, de 2,5% em 2018, de 2,8% em 2019 e de 3,1% em 2020.

Toda essa expansão requer uma demanda de trabalhadores qualificados nesse período (entre 2017 e 2020) e precisamos estar preparados. Os setores com maior demanda são: construção (3,8 milhões), meio ambiente e produção (2,4 milhões), indústria metalmecânica (1,7 milhão), alimentos (1,2 milhão), vestuário e calçados (cerca de 974 mil), indústria petroquímica e química (327 mil) e madeira e móveis (aproximadamente 258 mil trabalhadores).

"Não é a toa que falamos da necessidade de investimentos em educação. Os números já começaram a aparecer e nós continuamos de braços cruzados. Chegou a hora do Brasil se mexer e investir pesado na educação, para suprirmos as necessidades do mercado de trabalho. Temos um país saindo, logo mais, de uma recessão sem precedentes. Isso vai demandar mão de obra qualificada em quantidade relevante e nós não temos. Não podemos deixar tudo para última hora. O futuro da nossa economia depende exclusivamente da nossa capacidade de formar bons profissionais, investindo sempre no aprimoramento da educação", diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O Brasil terá de qualificar 13 milhões de trabalhadores entre 2017 e 2020 para ocupações industriais de nível superior, técnico e de qualificação, aponta estudo elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e divulgado nesta quarta-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

Áreas que mais vão demandar profissionais qualificados entre 2017 e 2020 

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Construção 3,8 milhões
Meio Ambiente e Produção 2,4 milhões
Indústria Metalmecânica 1,7 milhão
Alimentos 1,2 milhão
Vestuário e Calçados cerca de 974 mil
Indústria Petroquímica e Química 327 mil
Madeira e Móveis cerca de 258 mil
Fonte: CNI/Senai

 

De acordo com o documento, as áreas que mais vão demandar trabalhadores qualificados nesse período são: construção (3,8 milhões), meio ambiente e produção (2,4 milhões), indústria metalmecânica (1,7 milhão), alimentos (1,2 milhão), vestuário e calçados (cerca de 974 mil), indústria petroquímica e química (327 mil) e madeira e móveis (aproximadamente 258 mil trabalhadores).

O estudo considera que a economia brasileira voltará a crescer a partir do ano que vem. As previsões da CNI são de uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% em 2017, de 2,5% em 2018, de 2,8% em 2019 e de 3,1% em 2020. A entidade estima que, inicialmente, haverá recuperação dos investimentos privados, incluindo concessões e privatizações, e que, posteriormente, o emprego começará a se recuperar.

De acordo com a entidade, o estudo pode apoiar os jovens brasileiros na escolha de sua profissão e, com isso, "aumentar as chances" de ingresso no mercado de trabalho. "A demanda por formação inclui a requalificação de profissionais já empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado", acrescentou a CNI.

Para o diretor-geral do Senai e diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, o profissional qualificado tem mais chances de manter o emprego e, também, pode conseguir uma vaga mais facilmente quando a economia voltar a crescer e as empresas retomaram as contratações.

Ele avaliou ainda que há um "grave problema na matriz educacional brasileira", pois somente 17% dos jovens vão para a universidade e 8% fazem educação técnica. Lucchesi informou ainda que 75% dos jovens saem do sistema educacional sem profissão. "Essa é uma discussão importante como pano de fundo sobre esse debate da reforma do ensino médio brasileiro", acrescentou.

Segundo a CNI, o "Mapa do Trabalho Industrial" foi elaborado a partir de cenários que estimam o comportamento da economia brasileira e dos seus setores, projetando o impacto sobre o mercado de trabalho e estimando a demanda por formação profisisonal industrial. De acordo com o estudo, as projeções e estimativas são desagregadas no campo geográfico, setorial e ocupacional, e servem como parâmetro para o planejamento da oferta de cursos do Senai.

Lucchesi informa que o Senai oferece, anualmente, cerca de 3,5 milhões de vagas, sendo a maioria em cursos de aprendizagem industrial, aperfeiçoamento e qualificação profissional, além de cursos técnicos de nível médio.

 

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