A promessa de novas licenças de TV a cabo e a chegada de competição, bem como a provável abertura do setor para empresas de telecom, podem trazer impacto significativo na TV por assinatura brasileira. Uma análise das mil maiores cidades do Brasil, municípios a partir de 31 mil habitantes, mostra que 719 municípios (ou 72 % dos maiores municípios do país) ainda não têm concessão de cabo e MMDS. Somente neste grupo de cidades, há quase 5,6 milhões de domicílios A/B/C a serem atendidos. São 45,8 milhões de cidadãos não cobertos pelo serviço de TV, ou cerca de um quarto da população nacional.

Claramente há nestas cidades um grande potencial de crescimento da banda larga, pois a penetração nestes municípios é de cerca de cinco vezes menor que nos demais. A penetração do serviço junto a esta população, que tem participação de 19,95% no consumo de bens e serviços nacionais, é de apenas 3%, ou 1,36 milhão de assinantes.

Amostra nacional

Analisando todo o território nacional, o quadro é ainda mais promissor, pois dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros, apenas 287 têm concessões de cabo e/ou MMDS, cobrindo 63,3% do potencial de consumo nacional, 95,1 milhão de assinantes, 10,7 milhões de domicílios A, 12,37 milhões de domicílios B e 4,54 milhões de domicílios C. Vale destacar que não se tratam de assinantes, mas de domicílios totais nas áreas de concessão.

Ou seja, no país todo, há um potencial de cidades ainda sem concessão de 95 milhões de pessoas, que respondem por 37% da renda nacional.

A fonte para a análise é o Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2010 (da Converge Comunicações), com dados da Anatel, empresas, Brasil em Foco 2009 (Target). Os dados referem-se ao final de 2009.

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