Estudar cada vez mais é fundamental para poder encontrar uma colocação no mercado formal de trabalho. Temos mais de 12 milhões de desempregados em todo o país, que enfrentam regularmente dificuldades na hora da recolocação. Seja pela formação, idade ou outros motivos, a verdade é que está cada vez mais difícil encontrar uma vaga de trabalho no Brasil de hoje.

Para piorar, existe no Brasil um grupo etário de 18 a 24 anos que tem a maior incidência de jovens que não estudam nem trabalham - os conhecidos "nem, nem" - com 27,4%, seguido pelo grupo de 25 a 29 anos, com 24,1%, de modo que é possível afirmar que não estudar nem trabalhar é uma característica mais marcante entre os jovens que já deveriam ter concluído o ensino médio.

"É um verdadeiro desperdício de tempo e oportunidades. Se já está complicado para quem estudou, imagine os que não. É preciso que os jovens - os mais atingidos pelo desemprego - criem consciência e busquem se aperfeiçoar nos estudos, pois sem estudo não há desenvolvimento pessoal e não existe futuro. O Brasil precisa de força jovem com experiência e capacidade. Por isso o governo precisa se empenhar mais e promover condições de educação para todos", rebate Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Jovens entre 14 e 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego, segundo texto da Carta de Conjuntura nº 33, divulgada nesta segunda-feira (19), em Brasília, pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Enquanto a taxa total de desemprego alcançou 11,8% no terceiro trimestre deste ano, entre os jovens dessa faixa etária chegou a 27,7%. O desemprego também afeta mais os trabalhadores com ensino médio incompleto (taxa de 21,4%).

O Ipea diz, ainda, que, até meados de 2016, o aumento do desemprego, apesar de ter sido substancial, foi atenuado devido ao fato de muitas pessoas que perderam emprego terem se tornado trabalhadoras por conta própria.

Contudo essa tendência se reverteu no terceiro trimestre de 2016, quando se observou uma queda dos ocupados por conta própria, acrescentou o Ipea.

 

Salários

Segundo o Ipea, o terceiro trimestre de 2016 não apresentou melhoras na evolução do salário médio do trabalho.

A média de rendimentos ficou em R$ 2.017, R$ 50 abaixo do observado no mesmo período de 2015. No entanto, no cálculo do trimestre encerrado em outubro, a média subiu ligeiramente para R$ 2.025.

A análise do Ipea foi feita com base em microdados da Pnadc (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE, e nos informes detalhados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

 

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