Pressionado pelos dirigentes das principais centrais sindicais, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, aceitou debater o projeto de reforma trabalhista, uma vez que, para os sindicalistas, alguns pontos não vão ao encontro dos interesses do trabalhador. Muito pelo contrário: podem trazer grandes prejuízos a ele, pois só atende ao setor patronal.

Diante das centrais, o ministro aceitou negociar vários pontos do projeto e disse estar disposto a se reunir e discutir - quantas vezes necessárias - com as centrais. “Eu não quero conflito com os trabalhadores”, declarou Ronaldo Nogueira. A reunião com o ministro do trabalho e dirigente das seis centrais sindicais aconteceu na sede do Dieese na tarde da última sexta-feira (20) em São Paulo.

Segundo Canindé Pegado, presidente do SINCAB e secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), não adianta querer agir de forma acelerada. É preciso debater e pensar no trabalhador.

“Uma central como a UGT, que é a segunda maior do Brasil e tem mais de 1300 sindicatos filiados, tem uma responsabilidade muito grande com a sua base. Precisamos de prazo. Por isso enviamos uma carta ao presidente Michel Temer pedindo para que não dê o caráter de urgência urgentíssima constitucional à votação do projeto de reforma trabalhista. Insistimos em dizer que há um negociado sobre o legislado embutido nessa proposta quando existe, por exemplo, a possibilidade de se negociar jornada de trabalho, flexibilização de férias, banco de horas, entre outras coisas. Isso mexeria com direitos já adquiridos pelos trabalhadores. Precisamos de mais tempo para discutir cada ponto dessa proposta, sempre priorizando o trabalhador”, disse Pegado.

 

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