Em matéria e editorial veiculados no Jornal da Band, emissora acusa a Anatel de cumplicidade com as teles.

A abertura do mercado de TV a cabo e a revisão dos contratos de concessão, aprovados esta semana pela Anatel, foram duramente criticados pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação em matéria e editorial, veiculados no Jornal da Band na noite desta quinta-feira (25). “Um novo golpe contra o consumidor acaba de ser aprovado por um conselho que parece abandonar qualquer apreço pelo interesse público e partir para a mais descarada cumplicidade com os poderosos grupos que exploram a telefonia fixa no país”, diz o grupo no editorial.

E prossegue: “Ao abrir o galinheiro à voracidade das insaciáveis teles, esse tal conselho - a Anatel - cria um hediondo sistema de exploração do público, dando às raposas todos os instrumentos apropriados para um banquete interminável de lucros fáceis. E o brasileiro - já saqueado por tarifas que estão entre as maiores do mundo e serviços insatisfatórios - se vê diante deste novo descalabro, agora mais amplo e mais injusto.”

O editorial conclui afirmando que, “o generoso pasto oferecido às teles abrange pacote de tevê por assinatura, internet de banda larga e telefonia. Um festim revoltante que tira recursos cada vez maiores de uma área indefesa: o bolso do povo”.

Na matéria, em tom mais brando, a emissora destaque que “apesar de serem campeãs em reclamações, as empresas de telefonia foram autorizadas pela a Anatel a entrarem no mercado de TV paga”. Em outro trecho, ressalta que “outra decisão do conselho da Anatel: o dinheiro que seria devido ao estado a título de pagamento das concessões poderá ser investido no novo negócio das operadoras - mais um claro subsídio ao setor mais rentável da economia”, comenta.

Para a emissora, a maior arbitrariedade é que atinge todos 39 milhões de proprietários de telefones fixos no país, a cobrança da assinatura básica que custa R$ 41. “A cobrança motivou uma enxurrada de ações judiciais que invariavelmente perdem, mas continuam praticando”, afirma equivocadamente.

A matéria cita ainda os cálculos feitos pelo deputado Celso Russomano (PP-SP), de que as teles faturam mensalmente mais de um R$ 1,2 bilhão com a assinatura básica que, segundo o parlamentar, é cobrada indevidamente.

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