O grau de investimento é uma espécie de selo de bom pagador concedido pelas agências de rating a um país e sinaliza que há baixo risco de que o governo não honre o pagamento de sua dívida. Muitos fundos de pensão estrangeiros, por exemplo, só podem investir em países que têm esse perfil de crédito.
A população brasileira tem percebido a crise pela qual passa o país, aponta o estudo Retratos da Sociedade Brasileira – Mercado de Trabalho, divulgado nesta quarta-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 86% concordam totalmente ou em parte com a frase “O Brasil está vivendo uma crise econômica”, enquanto 11% discordam total ou parcialmente com a afirmativa. O restante diz não concordar nem discordar (2%) com a frase, e 1% diz não saber ou não respondeu.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou em 0,25% em agosto deste ano. A taxa é inferior à observada em julho deste ano (0,58%), mas superior à registrada pelo IPCA em agosto deste ano – índice que mede a inflação oficial para todas as faixas de renda e que ficou em 0,22%.
A demanda do consumidor por crédito caiu 1,8% em agosto, na comparação com o mês anterior. Os dados são da empresa de consultoria Serasa Experian e mostram que também houve recuo (de 1,4%) em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, no entanto, o indicador cresceu 4,2% de janeiro a agosto, no comparativo com igual período de 2014.
Em meio à crise política e econômica, o Brasil teve sua nota de crédito rebaixada nesta quarta-feira (9) pela agência Standard & Poor's (S&P). Com isso, o país perde seu grau de investimento pela agência, ou seja, status de bom pagador, e entra no grau especulativo – a nota caiu de BBB- para BB+.
É este o valor necessário "para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência", segundo a instituição.