O Natal está chegando e ainda tem muita gente indecisa sem saber o que fazer com a primeira parcela do 13º salário. Cerca de 84 milhões de brasileiros serão beneficiados. Desses, 22,5 % não decidiram o que fazer com esse dinheirinho extra que vão receber agora no final do ano. Segundo uma enquete feita pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), 42,5% das pessoas usarão a primeira parcela para saldar dívidas. Já os que vão guardar o dinheiro somam 20%. Os que vão gastar com presentes são 5%. E, somente 2,5% utilizarão os recursos para viajar. Por último, 2,5% das pessoas vão aproveitar e reformar suas casas.

"Com toda essa contingência de gastos, o comércio terá que se esforçar bastante neste fim de ano. A regra manda que o comércio aproveite a temporada de festas e foque nas promoções e descontos para atrair cada vez mais os clientes e aumentar as vendas. Afinal de contas, o 13º salário deve injetar na economia do país R$ 196,7 bilhões, que representam aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB)", ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) feita entre os dias 1º e 12 de outubro em todo o país mostra que 22,5% dos brasileiros não sabem como aplicarão a 1ª parcela do 13º salário. É o dobro do ano passado, quando os indecisos somavam 11,8%.

“Esse resultado gera incerteza sobre o desempenho do Natal. O varejo poderá ser beneficiado se os indecisos resolverem comprar”, diz Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Segundo ele, para que isso se concretize, o comércio precisa focar em ofertas, promoções e descontos, a fim de atrair quem está indeciso.

A enquete da ACSP aponta que 42,5% dos consumidores usarão a primeira parcela para quitar débitos – situação estável frente ao ano passado (41,2%).

Os que têm intenção de guardar o dinheiro somam 20%, contra 29,4% no ano passado. Já os que vão gastar com presentes são 5% (8,8% em 2015).

Os que utilizarão o benefício para viajar são 2,5%, sendo que no ano passado eram 5,9%. Para Burti, a parcela poderá aumentar se as agências investirem em pacotes promocionais e se o dólar continuar em queda.

Reformar a casa deve ser opção de 2,5% dos brasileiros (2,9% em 2015). Embora a parcela seja pequena, é significativa, o que se explica pela desistência de pessoas de comprar imóveis – optando pela reforma, segundo a ACSP. Assim, é uma boa perspectiva para lojas de material de construção.

 

13º salário deve injetar R$ 196,7 bilhões na economia em 2016

O pagamento do 13º salário deve injetar na economia do país R$ 196,7 bilhões, que representam aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os dados constituem uma projeção do volume total do 13º salário que entra na economia ao longo do ano, e não necessariamente nos dois últimos meses de 2016. Entretanto, segundo o Dieese, é certo que a maior parte do valor referente ao 13º seja paga no final do ano.

O montante será pago aos trabalhadores do mercado formal, nos setores público (celetistas ou estatutários) e privado, inclusive os empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e; para aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.

Cerca de 84 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional, em média, de R$ 2.192. Desses, aproximadamente 33,6 milhões, ou 39,9% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS).

Os empregados formais (49,5 milhões de pessoas) correspondem a 58,9% do total. Entre esses, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 2 milhões, equivalendo a 2,5% do conjunto de beneficiários do abono natalino. Além desses, aproximadamente 982 mil pessoas (ou 1,2% do total) referem-se aos aposentados e beneficiários de pensão da União (Regime Próprio), além dos estados e municípios (regime próprio), que não foram quantificados.

Do montante a ser pago a título de 13º, pouco mais de 31,5% dos R$ 197 bilhões, ou seja, perto de R$ 62 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas.

Considerando apenas os beneficiários do INSS, o quantitativo chega a 33,6 milhões de pessoas e um valor de R$ 41,3 bilhões. Outros R$ 134,7 bilhões, ou 68,5% do total, irão para os empregados formalizados; incluindo os empregados domésticos. Aos aposentados e pensionistas da União, caberá o equivalente a R$ 8,2 bilhões (4,2%); aos aposentados e pensionistas dos estados, R$ 10,1 bilhões (5,1%) e; R$ 2,5 bilhões aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios.

O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2016 é cerca de 0,2% superior ao calculado para 2015. Os empregados do setor formal tiveram redução de 1,3%, e aposentados e pensionistas do INSS registraram aumento de 2,6%.

Comparando com 2015, quando o valor teria sido de R$ 182 bilhões, a quantia apurada neste ano indica crescimento de 8,2%, o que significaria aumento de 0,6% acima da inflação prevista para 2016, segundo o Dieese. Se observados apenas os trabalhadores do setor formal, estima-se queda real de 3,4% no montante pago.

 

Por região

Refletindo a maior capacidade econômica da região, a parcela mais expressiva do 13º salário (50,9%) deve ficar nos estados do Sudeste, região que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas. Outros 16,1% do montante a ser pago devem ficar com o Sul, enquanto ao Nordeste serão destinados 16,1%. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 8,9% e 4,8%.

O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 4.230) e o menor, no Maranhão e Piauí, estados com média próxima a R$ 1.450.

O 13º salário deve injetar na economia paulista, até o final de 2016, cerca de R$ 57,8 bilhões, aproximadamente 29,4% do total do Brasil e 57,7% do Sudeste. Esse montante representa em torno de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

 

Por setor

Para os empregados do setor formal, até o final de 2016, a estimativa é de que R$ 132,5 bilhões serão pagos como 13º salário aos 47,4 milhões de trabalhadores formais do setor público e privado no Brasil, excluídos os empregados domésticos.

A maior parcela do montante a ser distribuído caberá àqueles que estão empregados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 63,1% do total destinado ao mercado formal; os empregados da indústria receberão 18,1%; os comerciários terão 13,1%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 4,8% e; aos trabalhadores da agropecuária caberão 3,3%.

Em termos médios, o valor do 13º salário pago ao setor formal corresponde a R$ 2.794. A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de serviços, equivalente a R$ 3.190; a indústria aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 2.967 e; o menor foi verificado entre os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 1.669.

 

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