Colocar o trem de volta aos trilhos é tarefa exclusiva do governo. O Brasil desencarrilhou e produziu uma das maiores crises de nossa história. Uma inflação na casa dos 7,04%, PIB em queda de 7% e desemprego que atinge 12 milhões de trabalhadores. Tudo isso provocou uma quebradeira generalizada da economia nacional. Fábricas reduziram jornada de trabalho, lançaram PDVs e demitiram trabalhadores. Comércio e serviços, quando não fecharam as portas, demitiram pessoas, reduzindo substancialmente os seus quadros de funcionários.

"Agora é a hora e a vez do governo produzir resultados. É o momento de ter responsabilidade e começar a fazer a lição de casa cortando despesas desnecessárias e reavaliar gastos. O que não cabe mais é sacrificar a população que está cansada de muito discurso e pouca ação", diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse durante o Encontro Anual do Fundo Monetário Internacional, em Washington, que o Brasil está experimentando a recessão mais severa da sua história.

Ilan Goldfajn afirmou que no último ano e meio, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 7% e que a taxa de desemprego chegou a 12% depois de ter ficado em 6% em 2013. Já a inflação atingiu 11% no final do ano passado. A expectativa é que ela termine 2016 levemente acima de 7%.

"Estes desenvolvimentos foram equivalentes a um choque de oferta, e os efeitos da desaceleração global foram ampliados pela adoção de políticas internas distorcidas. A economia brasileira sofreu uma crise de confiança gerada por problemas fiscais", afirmou durante o evento que começou nesta quinta-feira nos Estados Unidos.

O presidente do Banco Central acrescentou que a deterioração das contas públicas levou as expectativas para a dívida bruta a 80% - 90% do PIB. Ele lembrou que eventos políticos agravaram a falta de confiança.

 

Estratégia política

Segundo o presidente do BC, o governo está seguindo uma estratégia política, cujo sucesso já foi comprovado há alguns anos, fundamentada na responsabilidade fiscal, nas metas de inflação e em um regime cambial flutuante.

Goldfajn ressaltou que o atual governo está comprometido em realizar reformas estruturais que garantam a sustentabilidade da dívida pública ao longo do tempo. Como exemplo, ele citou a emenda constitucional que limita os gastos públicos (que está sendo analisada pelo Congresso Nacional), e lembrou que o governo enviará em breve uma proposta de reforma previdenciária aos parlamentares. Além disso, a agenda de reformas estruturais inclui, segundo ele, iniciativas para fomentar o investimento em infraestrutura, privatização e reforma trabalhista.

 

Inflação

A evolução dos preços indica que está em um processo desinflacionário, mas ainda é incerta a velocidade da desinflação, disse o presidente do Banco Central, reafirmando que o Banco Central tem o compromisso de levar a inflação para a meta. Em 2017, o propósito do BC é fazer a inflação convergir para o centro da meta de 4,5%.

 

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