Se seguíssemos o que manda a constituição brasileira, o trabalhador deveria receber em agosto um salário mínimo equivalente a R$ 3.991,40 mensais, ou 4,54 vezes o mínimo atual, que é R$ 880, segundo o Dieese. Esse é o valor estabelecido para as necessidades básicas do trabalhador e sua família, tendo em vista moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.

O Custo da alimentação vem aumentando vertiginosamente todos os meses, trazendo sacrifícios à população. A inflação come boa parte da renda das pessoas e o salário mal dá para chegar até o final do mês. As famílias fazem de seu orçamento uma ginástica constante e já vem cortando grande parte dos itens essenciais ao dia a dia, restringindo ao mínimo necessário.

"Assim não dá. Os salários não acompanham a inflação dos alimentos e as pessoas estão trabalhando cada vez mais para poder conseguir comprar os produtos básicos para sua sobrevivência. Temos que mudar essa matemática perversa de desvalorização da renda do trabalhador", reclama Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O custo dos alimentos que compõem a cesta básica cresceu em 18 das 27 capitais brasileiras no mês de agosto, mostra pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

As maiores altas foram em Florianópolis (3,16%), Maceió (3,11%), Macapá (2,91%) e Curitiba (2,59%). Houve queda de preço em nove capitais, com destaque para Goiânia (-3,15%) e Aracaju (-2,26%).

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 475,11), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 474,34) e Florianópolis (R$ 457,11). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 365,46) e Aracaju (R$ 370,70).

No acumulado de janeiro a agosto, houve alta em todas as capitais pesquisadas. Os aumentos mais expressivas ocorreram em Goiânia (22,51%), Maceió (22,28%) e Boa Vista (21,35%). Os menores aumentos foram registrados em Florianópolis (7,79%), Manaus (9,17%) e Curitiba (10,05%).

Os alimentos que mais subiram foram manteiga, café em pó, arroz, leite integral e açúcar. Batata, óleo de soja e feijão tiveram o preço reduzido.

 

Salário mínimo

De acordo com o Dieese, o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro pessoas, no mês de agosto, deveria ser de R$ 3.991,40, ou 4,54 vezes o mínimo atual, que é R$ 880. Em julho, o mínimo necessário era de R$ 3.992,75. A estimativa leva em conta a cesta mais cara, de São Paulo.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi, em agosto, de 104 horas. Em julho, eram necessárias 103 horas e 8 minutos.

 

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