Mais um péssimo sinal para uma economia que vem definhando ao longo dos últimos dois anos. As empresas de um modo geral já não estão conseguindo mais honrar suas dívidas. O número de empresas inadimplentes voltou a crescer atingindo 12% em setembro, em relação ao mesmo período de 2015. As empresas da região Nordeste foram as mais negativadas, com um avanço de 14,62%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O Norte do país aparece em seguida, cujo avanço foi de 12,69% na mesma base de comparação. No Centro-Oeste, o crescimento foi de 11,22% e no Sul, de 9,78%.
"Esse quadro de degradação da economia brasileira, mostra o estrago que a recessão vem causando nas atividades do comércio e serviços em todo o país. Com uma carga tributária nas alturas e o faturamento sempre declinando, as empresas não conseguem mais honrar seus compromissos e acabam por sucumbir à inadimplência", explica Canindé Pegado, presidente do SINCAB.
O número de empresas inadimplentes voltou a crescer setembro, de acordo com indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Em relação ao mesmo período de 2015, a alta foi de 12,20%.
Também foi registrado crescimento de 14,55% na variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, na mesma base de comparação.
Já na comparação mensal, contra agosto, a alta foi de 1,26% na quantidade de empresas inadimplentes e de 1,09% no volume de dívidas.
Na análise por região, a que mais teve o maior aumento do número de empresas negativadas foi o Nordeste, com avanço de 14,62% na comparação com o mesmo período de 2015. Na sequência, aparece o Norte, cujo avanço foi de 12,69% na mesma base de comparação. No Centro-Oeste, o crescimento foi de 11,22% e no Sul, de 9,78%.
De acordo com a pesquisa, o setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o comércio: 50,29%. Em seguida, estão serviços (34,53%).
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a recessão econômica afeta a capacidade das empresas de honrarem seus compromissos, principalmente por conta dos juros elevados, que encarecem o custo do capital.
“A atividade econômica ainda enfraquecida prejudica o faturamento das empresas e, consequentemente a sua capacidade de pagamento. Se o cenário de recuperação econômica se confirmar, o que ainda não parece tão claro, podemos esperar uma desaceleração mais intensa no ritmo ainda alto do crescimento da inadimplência”, disse Pinheiro em nota.