Em ritmo lento a indústria nacional ensaiou uma recuperação no mês de junho com alta de 1,1%. Na comparação anual ainda houve queda, de 6,0%, mas o ritmo foi o menor em 13 meses. Analistas de mercado, afirmam que a recuperação do setor aos níveis de antes da crise, vai levar algum tempo.

Além de perder muito espaço nos últimos anos na economia brasileira, o setor sofreu um tombo de 8,2% no ano passado. "Esse é o resultado claro de uma economia agonizante, onde impera o desemprego, baixa do consumo e a falta de crédito" relata Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

A recuperação da produção industrial, que ainda tentava se firmar, ganhou fôlego em junho, com alta de 1,1%, na margem. Com as revisões promovidas pelo IBGE, agora trata-se do quarto ganho mensal consecutivo.

Na comparação anual ainda houve queda, de 6,0%, mas o ritmo foi o menor em 13 meses. Mesmo assim, analistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apontam que a retomada da indústria para os patamares anteriores à crise vai levar tempo e lembram que o setor perdeu muito espaço na economia brasileira nos últimos anos.

"O quadro vem melhorando aos poucos, mas ainda estamos muito longe de recuperar as perdas do passado recente", afirma o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa. Para ele, a produção industrial deve fechar com queda de 6,0% em 2016, após o tombo de 8,2% no ano passado.

O sócio e diretor da MacroSector, Fabio Silveira, vê um ajuste ainda mais forte este ano, com retração de 7,5%. "Continuamos com o ajuste fortíssimo na indústria e não há perspectiva de melhora acentuada, mas de melhora suave e discreta nos próximos meses, porque as condições do mercado de trabalho, do consumo e do crédito estão fragilizadas. As exportações, que poderiam ajudar, também não vão crescer nos próximos meses", aponta.

 

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