Enfim estamos chegando ao final do ano e as previsões para 2016 não são nada animadoras. Temos mais de 12 milhões de pessoas desempregadas, inflação que não dá trégua, juros que só aumentam e crédito escasso em todos os níveis. Esse emaranhado de problemas produz no brasileiro uma sensação de impotência e desilusão com relação ao futuro. E, sendo assim com pouco dinheiro no bolso, as pessoas irão economizar e restringir a compra de presentes para amigos e familiares. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC BRASIL) e Confederação nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), revelam em sua pesquisa que cairá em 1,7 milhão o número de pessoas que darão presente este ano no Natal.

"São sinais da turbulência que estamos vivendo e que ainda vai demorar para passar. Chegamos ao final do ano com uma crise que não poupou ninguém e causou estragos por todos os lados. Muitos perderam seus empregos e famílias perderam renda, com graves conseqüências no poder de compra. Portanto, vamos lutar por uma recuperação rápida e consistente em 2017, com direito a retomada da economia e empregos para todos", diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O Natal deste ano terá ainda menos presentes que o do ano passado. A constatação é de pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que aponta que 107,6 milhões de consumidores irão presentear alguém contra 109,3 milhões de pessoas que realizaram ao menos uma compra em 2015.

Em termos percentuais, 72,2% dos consumidores brasileiros pretendem comprar presentes para terceiros no Natal deste ano; 7,4% das pessoas consultadas disseram que não vão presentear ninguém; e 20,4% ainda não se decidiram, o que equivale a quase 30,4 milhões de indecisos e potenciais compradores.

A pesquisa também mostra que o gasto médio por presente deve cair: em 2016, o brasileiro vai desembolsar R$ 109,81 com cada presente adquirido, o que representa uma queda real, quando é descontada a inflação, de 5,34% na comparação com o ano passado.

Os números nominais, sem o desconto do índice inflacionário, mostram leve elevação, saindo de R$ 106,94 em 2015 para os atuais R$ 109,81. Em 2014, o gasto médio por presente havia sido de R$ 125,22.

Ainda de acordo com o levantamento, cresceu a quantidade de brasileiros que planejam comprar menos presentes no Natal. Mais de um quarto (28,7%) dos consumidores ouvidos disseram que serão mais contidos na hora de encher o carrinho de compras. No ano passado, eles correspondiam a 22,8% da amostra de compradores.

Os que vão comprar a mesma quantidade de presentes que em 2015 somam 29,0% dos consumidores, ao passo que a minoria (18,8%) tem a intenção de aumentar a quantidade de presentes adquiridos. Embora a média de quatro presentes adquiridos por consumidor seja parecida com a do ano passado, aumentou o percentual de pessoas que vão comprar apenas um presente: eram 7,5% em 2015, passando para 12,5% em 2016.

 

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