A Receita Federal informou nesta quinta-feira (29) que, de toda a riqueza produzida no Brasil em 2014, 33,47% foram pagos em impostos naquele ano. A chamada carga tributária (valor de todos os impostos pagos pelos cidadãos e empresas em proporção ao Produto Interno Bruto), com isso, caiu frente ao ano anterior (33,74% do PIB, número revisado). Foi o primeiro recuo desde 2012.
As empresas pagaram 0,6 ponto percentual a mais, com taxa em 29,3% ao ano.
A crise econômica afetou em cheio o consumo nas maiores cidades do Brasil. Com a inflação perto de 10% ao ano, o crédito mais caro e o desemprego em alta, as capitais e as regiões metropolitanas do país devem fechar 2015 somando apenas 45,96% de tudo que é gasto pelas famílias, revela estudo feito pela consultoria IPC Marketing. O índice é menor que os 47,77% de 2014 e o mais baixo desde os 51,06% registrados em 2010, auge do crescimento da economia do país, quando o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) avançou 7,6%. Em valores reais, a perda chega a R$ 187 bilhões nos últimos cinco anos, dinheiro que acabou migrando para o interior dos estados, onde os reflexos da crise ainda não são tão intensos, dizem economistas.
O pagamento de dívidas será o destino do 13º salário de 74% dos assalariados em 2015, segundo uma pesquisa divulgada pela Anefac nesta segunda-feira (26). Em relação ao ano passado, houve um aumento de 8,8% no percentual de trabalhadores com esse objetivo.
A inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes permaneceu estável pelo terceiro mês consecutivo, ao fechar outubro em 10%. O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores deste mês foi divulgado nesta sexta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).