Dirigente do SINCAB participa de Intercâmbio no Japão para troca de conhecimento e práticas sindicais e trabalhistas
Diretoria e Funcionários do SINCAB se unem aos trabalhadores do Brasil inteiro em mobilização contra desmonte de direitos
Marcha contra as reformas da Previdência e Trabalhista levou o SINCAB e milhares de trabalhadores a Esplanada dos Ministérios em Brasília; Polícia Mil...
Que o ano de 2016 foi um ano de péssimas notícias na economia, nós já sabíamos. Só não sabíamos que o país tinha encerrado o último trimestre do ano com o desemprego na casa dos 12%, assim divulgou o IBGE. Uma taxa recorde de desempregados no país, com 12, 342 milhões de pessoas nas filas do desemprego. Um aumento de 36% com relação ao ano de 2015, ou seja, 3, 269 milhões há mais de desempregados. E a taxa só não foi pior porque 907 mil brasileiros migraram para a inatividade no período de um ano.
Sempre deixando muito claro que no longo prazo teremos uma inflação perto dos 3%, portanto mais próxima de outros países emergentes, o presidente do Banco central, Ilan Goldfajn, se esforçou para demonstrar que a inflação está sob controle e em trajetória de queda. O presidente do BC disse estar convencido que estamos no caminho certo com a inflação em queda e buscando a meta anual de 4,5 até 2018. Essas projeções dadas por Ilan foram em respostas aos questionamentos feitos pela platéia em evento do credit Suisse, em São Paulo.
Agora está sendo à hora e a vez dos grandes conglomerados bancários privados do país correr atrás do prejuízo e evitar que grandes empresas cheguem à falência, agravando a questão do desemprego e a situação econômica do Brasil. Itaú, Bradesco e Santander já começaram a se mexer e criaram setores de monitoramento e reestruturação, que em tempo real acompanham a saúde financeira das empresas. A qualquer sinal de alerta sobre a saúde financeira de empresas, seja pela piora de indicadores do balanço ou por atrasos em contas, as equipes de reestruturação desses bancos entram em ação para tentar estancar o problema de forma preventiva.
O Medo do desemprego em alta tem feito com que um número cada vez maior de pessoas triplique sua carga horária de serviços e desenvolvam doenças relacionadas ao trabalho. Hoje em dia com a crise e a recessão é muito comum ouvir trabalhadores reclamarem que estão no seu limite e a beira de um ataque de nervos. O acumulo de trabalho é definido como uma tendência cada vez maior dentro das empresas, que por sua vez estão demitindo funcionários, enxugando seus quadros funcionais e redistribuindo as tarefas entre os que sobraram. Trata-se do 'funcionário-polvo', aquele que desenvolve múltiplas tarefas dentro de uma determinada empresa.
Já faz muito tempo que não se via uma queda tão acentuada na arrecadação de tributos federais. A queda de 2,97% atingiu em cheio os cofres do governo federal em 2016, apresentando o pior resultado desde 2010. Apesar da repatriação de recursos do exterior que renderam aos cofres públicos mais de R$ 46 bilhões, ainda assim o saldo do ano foi negativo por causa do recuo na atividade econômica e da forte recessão que o país atravessa.
2016 foi embora e deixou de herança uma taxa de desemprego em trajetória de alta. O desemprego não deu trégua e a taxa de desocupação no Estado de São Paulo chegou a 16,8% no final do ano passado, segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Vivemos um momento muito difícil da economia brasileira. O desemprego continua em alta e a renda do trabalhador está desabando cada vez mais.