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Se não é trágico, no mínimo é constrangedor saber que fechamos o ano de 2016 com números que faria qualquer sociedade no mundo ficar com vergonha. Não por culpa dos brasileiros, mas sim de por falta de gerenciamento e incapacidade dos governos. Estimulados a comprar em anos anteriores e agora sem poder pagar as dívidas, o país contabiliza hoje 60 milhões de pessoas com o nome sujo na praça, segundo o SPC e Serasa. Mais de 12 milhões de desempregados, inflação alta, renda em baixa e juros nas alturas (Selic em 13,75%).
A taxa de juros no Brasil continua sendo uma questão vergonhosa. Dizer que a taxa média de juros caiu no final do ano, mas subiu no acumulado de 2016 em todas as modalidades de crédito, não refresca nada para o cidadão que já se acostumou com taxas astronômicas cobradas pelas instituições financeiras e, que, provavelmente irá demorar muito tempo para chegar num patamar honesto para a população. Afinal de contas isso é Brasil!
A falta de perspectiva profissional futura, ambiente de trabalho carregado devido aos escândalos de corrupção e remuneração em baixa, tem levado uma quantidade muito grande de jovens a aderir ao Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) da Petrobras. Na sua maioria são jovens com até 39 anos desiludidos com a política atual da empresa que recorreu a um amplo plano de reestruturação e que prevê redução de funcionários, além da falta de incentivo a carreira e fim de benefícios. Porém esses cortes trazem conseqüências que vão além da almejada redução de custos, a chamada evasão de jovens talentos que custam caro para serem formados e fazem falta em momentos de crise.
É difícil dizer qual foi o brasileiro que não chegou a 2017 com medo do desemprego, depois de terminar um ano cheio de percalços na economia que padeceu de uma recessão brutal e jamais vista na história brasileira, onde indústria, comércio e serviços amargaram prejuízos astronômicos, inclusive com muitas empresas pedindo recuperação judicial para não ir à falência, além de somar a tudo isso às demissões em massa que ocorreram por todo o país.
Com estruturas inchadas e lucratividade em baixa, os bancos estatais tentam se reestruturar para não ter que pedir socorro ao governo federal. Sendo assim a Caixa Econômica Federal pretende abrir um plano de demissão voluntária (PDV) ainda em 2017, para cortar 10mil postos de trabalho e economizar até 1,5 bilhões de reais por ano. A estratégia é cortar custos e ganhar eficiência.
Com a crise econômica comendo a solta, escalada do desemprego e a inflação corroendo o bolso dos brasileiros, não existiu outra saída a não ser a de sacar o que restou na poupança. E foi exatamente isso que a maioria das pessoas fizeram durante o ano de 2016, para poderem conseguir sobreviver e pagar as contas do mês. Os saques da poupança superaram os depósitos em mais de 40 bilhões de reais. Os saques totalizaram R$ 1, 989 trilhão e, os depósitos, R$ 1, 948 trilhão.