A presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem (04) no Palácio do Planalto, com os lideres da base aliada no Senado e na Câmara, para defender as medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo. Na ocasião Dilma foi cobrada a ouvir mais os integrantes da base aliada antes do envio de propostas ao Congresso Nacional.
Cerca de 600 sindicalistas se reuniram na última segunda-feira (02), para protestar contra a entrada em vigor das mudanças no seguro-desemprego, em frente ao prédio da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, na Rua Martins Fontes, região central da cidade. Os sindicalistas pedem a revogação das medidas provisórias 664 e 665, que alteram os direitos trabalhistas e previdenciários, como seguro desemprego, abono salarial, auxílio-doença, seguro-defeso, auxílio-reclusão e pensão por morte.
"Já há algum tempo se discute no âmbito dos sindicatos, a possibilidade de acabar com o fator previdenciário ou, pelo menos, substituí-lo por um modelo menos prejudicial ao trabalhador. Proposta pelo Ministério da Previdência Social, a nova fórmula 85/95, soma o tempo de contribuição com idade do trabalhador para garantir o direito ao pedido de benefício".
Durante jantar com parlamentares do PSD, na última terça-feira (24), e sempre buscando apoio na base aliada do governo para a aprovação das medidas provisórias 664 e 665 que alteram as regras de concessão de benefícios trabalhistas e beneficiários, o ministro da Fazenda Joaquim Levy, ressaltou a absoluta necessidade da aprovação do pacote de medidas de ajuste fiscal, como um sinal aos mercados de que o executivo e o legislativo estão trabalhando em conjunto para reverter a imagem negativa de expectativas sobre a economia brasileira.
Em encontro com dirigentes sindicais, nesta quarta-feira (25), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou a representantes das centrais sindicais que o Brasil precisa promover um ajuste fiscal e recomendou que, em vez de pedir a rejeição das medidas provisórias, promova-se o debate para o aperfeiçoamento delas.