Economia

O aumento dos índices de desemprego e das taxas de juros dos crediários, fez diminuir cada vez mais o número de pessoas atrás de crédito no mercado. Setembro de 2016 caiu 3,6% em relação a agosto, segundo indicador do Serasa Experian. A procura menor por crédito foi observada em todas as faixas de renda.

E na já disputada corrida da ganância pelos juros cada vez mais altos, eis que os bancos acabam de subir no cartão de crédito, os juros de 451,44% ao ano em agosto para 463,03% em setembro deste ano. Trata-se da maior taxa desde dezembro de 1995, quando estava em 478,43% ao ano e 15,75% ao mês. Se não bastasse, o cheque especial acompanhou o ritmo e subiu os juros para 309,24% ao ano (12,46% ao mês) em setembro, ante 296,33% em agosto (12,16% ao mês). Trata-se da maior taxa desde março de 1999, quando estava em 13,3% ao mês e 347,46% ao ano.

Colocar o trem de volta aos trilhos é tarefa exclusiva do governo. O Brasil desencarrilhou e produziu uma das maiores crises de nossa história. Uma inflação na casa dos 7,04%, PIB em queda de 7% e desemprego que atinge 12 milhões de trabalhadores. Tudo isso provocou uma quebradeira generalizada da economia nacional. Fábricas reduziram jornada de trabalho, lançaram PDVs e demitiram trabalhadores. Comércio e serviços, quando não fecharam as portas, demitiram pessoas, reduzindo substancialmente os seus quadros de funcionários.

Se realmente acontecer estaremos regredindo em toda história do salário mínimo. É simplesmente retirar poder de compra do trabalhador. Essa política de valorização do salário mínimo, que teve início em 2007, é reconhecida como um dos fatores mais importantes para o aumento da renda da população mais pobre e marca o sucesso de uma luta que promoveu um grande acordo salarial na história do país, segundo avaliação do Dieese.

A grande verdade é que os brasileiros já não agüentam mais o tamanho da carga tributária que pesa sobre seus ombros. Oito em cada 10 brasileiros têm consciência de que pagam impostos. O Impostômetro mantido a mais de uma década pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostrou no dia de ontem que as três esferas de governo no país - federal, estadual e municipal - já arrecadaram mais de 1,5 trilhões de reais este ano em impostos.

Go to top
JSN Boot template designed by JoomlaShine.com